presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo
Lewandowski, determinou às emissoras de rádio e TV a retirada do ar de
uma propaganda institucional produzida pelo próprio tribunal para
incentivar o voto consciente. A categoria ofendeu-se com o filmete no
qual um falso dentista é comparado a um político ficha-suja. O
Conselho alega que a propaganda pode afugentar pacientes dos
consultórios, especialmente as crianças.
Na peça publicitária, uma paciente está na sala de espera de um
dentista e, num cochilo, sonha que está vendo no noticiário policial
da televisão o profissional que a atenderá. "Esse falso dentista é
procurado pela polícia. Ele aplica estranhas substâncias em seus
pacientes. Alguns ficaram com amnésia por quatro anos", diz o repórter
do filme do TSE. Ao acordar, a paciente fica aliviada por perceber que
foi um sonho e entra no consultório. A propaganda é finalizada com a
seguinte mensagem: "Você não pode ficar nas mãos de quem não conhece.
Nestas eleições, pesquise o passado e as propostas dos seus
candidatos".
Em ofício enviado ao TSE, o CRO paulista informou que vários
profissionais reclamaram da propaganda. Na carta, o conselho diz que a
publicidade "retrata de forma inadequada e ofensiva o cirurgião
dentista". E completa: "Ao estigmatizar a figura do cirurgião-dentista
como um profissional que provoca medo aos pacientes, a propaganda
desestimula a busca dessas ações, por parte da sociedade. Os efeitos
são especialmente nocivos entre a população infantil, causando
prejuízos psicológicos em relação ao tratamento odontológico".
O TSE enviou ontem a determinação de retirada do filmete do ar às
emissoras de rádio e de televisão. Por escrito, a assessoria de
imprensa do tribunal mandou ofício ao CRO esclarecendo que "não era
intenção do tribunal divulgar visão distorcida do profissional de
odontologia ou ofendê-lo". ( Informações do JC Online)
Nenhum comentário:
Postar um comentário