domingo, 19 de setembro de 2010

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA!

NOVA REVELAÇÃO: A PROPINA ERA PAGA
DENTRO DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA

A reportagem de capa de VEJA desta semana traz mais indícios da
extensão do balcão de negócios que funcionava dentro da Casa Civil. A
revista relata o episódio em que o jovem advogado Vinicius de Oliveira
Castro, sócio do filho da ex-ministra Erenice, se surpreendeu ao
encontrar 200 000 reais na gaveta de sua mesa de trabalho. "Caraca!
Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?", disse.

De acordo com o texto, o dinheiro era parte de um pagamento da turma
responsável pela usina de corrupção que funcionava dentro do Palácio
do Planalto. Um colega mais experiente explicou: "É o 'PP' do Tamiflu,
é a sua conta. Chegou para todo mundo". 'PP' significa propina no
linguajar da repartição. Tamiflu é o medicamento utilizado para
tratar da gripe suína. Dias antes, em 23 de junho, o governo fechara
um contrato de 34,7 milhões de reais para compra emergencial da droga.
O Ministério da Saúde nega qualquer ingerência da Casa Civil na
aquisição de Tamiflu, que já gastou 400 milhões de reais aos cofres
públicos.

A história foi revelada a VEJA por um amigo de Vinícius que trabalhava
no governo e seu tio, Marco Antonio Oliveira, então diretor de
Operações dos Correios. A revista informa que ambos os depoimentos
foram gravados. Vinícius relatou ao tio, sem dizer nomes, que outros
três funcionários da Casa Civil receberam os pacotes de 200 000 reais.
"Foi um dinheiro para o Palácio. Lá tem muito negócio, é uma coisa",
afirmou.

Para receber o valor, o ex-assessor da Casa Civil (pediu exoneração na
segunda-feira) explicou ao tio que não precisou fazer nada para
receber a propina. O pagamento Era o 'cala-boca'. "Eu avisei que, se
continuasse desse jeito, ia sair algemado do Palácio", lembrou o
ex-diretor dos Correios.

Além de ex-funcionário do Planalto, Vinícius foi sócio de Israel
Guerra, filho de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil (teria sido
demitida na quinta-feira), numa empresa que intermediava contratos com
o governo. A influência de Erenice no alto escalão do governo garantia
bons negócios. E, pelos indícios, alcançava o repugnante fato de
receber os favores da corrupção dentro do Palácio de Planalto, numa
sala ao lado do gabinete da ministra-chefe da Casa Civil. (Do Blog de
Jamildo)

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