segunda-feira, 6 de setembro de 2010

JUNGMANN QUER PRESSÃO SOBRE QUEBRA DE SIGILO

O presidenciável do PSDB, José Serra (PSDB), deve ir a Brasília cobrar
do Governo Federal uma resposta sobre a quebra de sigilo fiscal de
integrantes do PSDB e da sua filha Verônica. Raul Jungman quer uma
investigação especial sobre os vazamentos de informações na Receita
Federal. Foto: João Carlos Mazella/Divulgação - 27/07/2010. A
informação foi repassada à imprensa ontem pelo deputado federal Raul
Jungmann (PPS-PE), candidato ao Senado, ao fim de caminhada em Três
Carneiros, na divisa do Recife com Jaboatão dos Guararapes. Segundo o
deputado, já foi iniciada também uma articulação junto às lideranças
dos partidos para a coleta de assinaturas para se instalar uma CPI
destinada a investigar o episódio na Câmara.Segundo ele, o
presidenciável deve ir hoje à capital federal.

"Tenho sugerido a Serra que vá ao Procurador Geral da República, ao
Supremo Tribunal Federal e que cobre providências, porque essa é uma
questão democrática", destacou. "Disse a Serra: você tem que dialogar
com todo o país. E isso dever se fazer a partir de Brasília. Não
adianta estar em Bauru (SP), Açailândia (MA). Você tem que ir para
Brasilia e dizer da seriedade (da violação)'", disse, acrescentando
que esteve com Serra na última sexta-feira em São Paulo.

A questão da quebra de sigilo vem dominando o discurso de Serra desde
a semana passada. Apareceu no guia eleitoral, entrevistas e comícios.
Também encontrou eco nos estados. O senador e candidato ao governo
pela oposição em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMSB), tratou do tema
em seu programa eleitoral. Tanto Serra quanto o peemedebista
reforçaram as acusações de que a violação de dados da Receita Federal
foi obra dos governistas para beneficiar eleitoralmente a candidatura
de Dilma Rousseff presidenciável do PT.

"Essa denúncia mereceria uma investigação especial, como a gente
(oposição) propôs, com o subprocurador (designado) para acompanhar o
caso. Mas, do jeito que vai não vai haver apuração, não vai se saber
do resultado", disse. O deputado do PPS afirmou que o presidente Lula
e Dilma estão tentando abafar o assunto e que, portanto, a
Controladoria Geral da União teria papel secundário na apuração. Isso
porque o comando da CGU é nomeado pelo presidente. Ele defende ainda
que o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo já deveria ter
sido demitido.

"O problema é o seguinte: ninguém tem hoje mais sigilo no Brasil. A
Receita virou uma balcão de negócios e nada acontece nos planos
policial, judiciário e no que deveria ser a defesa dos interesses do
cidadão, ou seja, as procuradorias", disse. Questionado se Serra
poderia se prejudicar eleitoralmente caso volte toda a sua campanha
para denúncia da violação, ele disse prefere se preocupar com a
questão democrática, que é uma questão permanente. "Isso não é
problema eleitoral".

Sobre a CPI, disse que a coleta de assinaturas será lenta, mas alertou
que o movimento tem que ser feito agora, uma vez que o país está numa
'situação limite'. "Ninguém pode dizer que tem o sigilo preservado. E
essa é uma informação garantida pela Constituição, artigo quinto. É
cláusula pétrea. Se ela não tem, segura na mão de Deus e vai porque
estamos perdidos". (Informações do diariodepernambuco.com.br)

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