domingo, 12 de setembro de 2010

PRATO SUJO

MÁFIA DA MERENDA PAGAVA PROPINA À PCR

Essa máfia atuava em PE, AL, MA e SP


A máfia da merenda pagou propina a prefeituras de Recife, Maceió e São
Luís. Com elas seriam quatro as capitais do País envolvidas no esquema
- a primeira a ser investigada foi a de São Paulo. A acusação consta
da investigação feita pelo Ministério Público Estadual de São Paulo
(MPE) sobre supostas fraudes em licitações e na entrega de produtos e
corrupção de funcionários públicos e políticos.

Os pagamentos feitos às administrações das capitais, incluindo São
Paulo, estão discriminados em um documento da empresa SP Alimentação.
A existência deles foi confirmada por uma testemunha que trabalhou
para uma das coligadas da SP Alimentação, a maior empresa de merenda
do País. As propinas teriam variado de 1,6% a 15% do total dos
contratos, além de quantias mensais ou quinzenais.

São Luís é administrada pelo PSDB, Recife pelo PT e Maceió pelo PP. As
cidades são citadas no documento e pela testemunha ouvida em sigilo
pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de São
Paulo, que já investigava outras 19 cidades em três Estados onde teria
acontecido suborno.

As prefeituras de São Luís e Recife negaram as acusações. Maceió
informou que cancelou o contrato com a SP Alimentação. São Paulo fez
nova licitação, está apurando o caso e se pôs à disposição do MPE para
auxiliar na investigação. A empresa negou "veementemente a acusação de
pagamentos de propinas".

O novo documento em poder dos promotores Arthur Pinto Lemos Junior e
Silvio Antônio Marques traz o título de "participação holding SP".
Segundo a testemunha, trata-se de "relatório de propinas referente aos
pagamentos de comissões efetuadas pelo Grupo SP Alimentação em
diversas cidades em 2006".

Em forma de planilha, ele é dividido em seis colunas. Uma é chamada
histórico, onde estão cidades e pessoas - há referência a um "deputado
Francisco". A coluna com o símbolo "%" significa o porcentual pago e a
do " valor" era preenchida para indicar as cidades onde, além do fixo
na assinatura do contrato, havia pagamentos mensais e quinzenais.

Hospitais. Ali está a anotação "Hospitais SMS". Segundo a testemunha,
ela se refere a hospitais municipais de São Paulo, cuja propina era de
5%. A anotação Semab significaria Secretaria Municipal de
Abastecimento, com propinas pagas quatro vezes por mês - a menor
parcela era de R$ 3,3 mil e a maior, de R$ 10,8 mil. Em São Luís, a
planilha aponta pagamentos de 6%, 2% e 1,6% nos contratos e um fixo de
R$ 10 mil no dia 5. No Recife, a propina era de 7% mais R$ 20 mil todo
dia 20 e R$ 3 mil todo dia 30. Em Maceió, os corruptos receberiam 15%
do valor do contrato e R$ 35 mil todo dia 20. ( Informações do jornal
Estado de S. Paulo)

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