terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA

SÓ COM POLÍTICA INTEGRADA É POSSÍVEL
SEGURANÇA PÚBLICA EFICAZ, DIZ JUNGMANN

Para deputado, falta de recursos impede melhor desempenho da PF

Sem uma política integrada e coordenada não há possibilidade de
sucesso na área de segurança pública, principalmente no combate ao
crime organizado, disse nesta segunda-feira o deputado Raul Jungmann
(PE), ex-presidente da Comissão de Segurança da Câmara. O parlamentar
comentou a carta que o sindicato que congrega os policiais federais de
São Paulo entregou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
reclamando que não há uma política de segurança pública no país.

"Há uma evidente falta de recursos para que a Polícia Federal possa
dar conta de suas tarefas e há uma necessidade de suplementações e
ampliação de verbas no Orçamento para que fatos como o que ocorreu com
policiais federais na fronteira não voltem a acontecer", disse
Jungmann. Ele se referia ao caso de dois agentes que foram fuzilados,
em lancha sem blindagem, por traficantes peruanos em um afluente do
rio Amazonas.

Política e programas

Jungmann afirmou que existem programas de segurança pública, como o
Pronasci, mas não uma política estruturada para o setor. "O problema
começa na própria Constituição, que atribui a responsabilidade pela
segurança aos estados, enquanto dá um papel complementar à União –
áreas de fronteira, combate a drogas, fraudes, etc". O deputado
defendeu a criação de um ministério da segurança pública e a aprovação
da PEC 300, que cria um piso nacional para policiais civis, militares
e bombeiros.

Sobre a proposta da PF de poder requisitar, para determinadas
operações, contingentes de outras forças policiais e militares, além
da área de inteligência do governo federal, Jungmann avalia que isso
já deveria estar sendo possível. "Os gabinetes integrados de segurança
pública pelo jeito não estão funcionando; ali deveriam estar reunidos
os esforços do município, do estado e da União".

Carta

Na carta ao ministro Cardozo, os federais defendem que a PF funcione
nos moldes do FBI norte-americano. O que mais preocupa a categoria – e
que está exposto no texto – são a falta de recursos, o quadro
reduzido, as fronteiras extensas e desprotegidas e a necessidade de
valorizar a área de inteligência para ampliar o cerco a fraudadores do
Tesouro, narcotraficantes e o mercado negro de armas. O objetivo dos
delegados da PF é alertar o governo para pontos vulneráveis da
instituição. ( Do site do PPS nacional )

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