segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SAÚDE

ADIAR TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
PODE DIMINUIR RISCO DE CÂNCER DE MAMA


Mulheres que começam a fazer a terapia de reposição hormonal (TRH)
logo que entram na menopausa têm mais risco de desenvolver o câncer de
mama do que aquelas que tomam os hormônios mais tarde. O estudo,
publicado na revista científica do Instituto Nacional do Câncer dos
Estados Unidos, foi feito por pesquisadores da Universidade de Oxford,
na Inglaterra.

Foram avaliadas mais de um milhão de britânicas. Os resultados mostram
que aquelas que escolhem esperar pelo menos cinco anos para iniciar a
reposição praticamente não têm um risco maior de desenvolver tumores
do que aquelas que nunca fizeram TRH. Já as que começaram a se tratar
com hormônios sintéticos no início da menopausa têm um risco 43%
maior.

- Descobrimos que o risco maior de desenvolver o câncer de mama existe
nas mulheres que iniciaram a terapia de reposição hormonal logo antes
ou no início da menopausa - explica a médica Valeria Beral, uma das
coordenadoras do estudo.

Segundo Valerie, o risco é o mesmo independentemente de fatores como
peso, tipo de hormônio usado ou duração do tratamento. O resultado da
pesquisa de Oxford é similar ao encontrado pela Women′s Health
Initiative, nos Estados Unidos, que divulgou há pouco tempo que a TRH
logo após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama em 41%.

Para o médico Rowan Chlebowski, do Centro de Pesquisas Biomédicas de
Los Angeles, a decisão de iniciar ou interromper a reposição hormonal
vai depender da decisão do médico e de sua paciente, já que a terapia,
quando iniciada logo, pode proteger contra o infarto e derrames.

Até 2002, a terapia de reposição hormonal era indicada logo após o
início da menopausa para diminuir calores, o risco de doenças
cardíacas e a osteoporose. Porém, diversos estudos vêm ligando o uso
de hormônios sintéticos ao aumento de câncer de mama em mulheres com
mais de 50 anos. Em 2001, mais de 16 milhões de mulheres faziam
reposição hormonal nos Estados Unidos, Em 2009, o número caiu para 6
milhões.

( Da Agência O Globo )

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