sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PATRIMONIALISMO

SEM DISTINÇÃO DE LEGENDA

A cada dia que passa o Brasil se confirma um País de farras. Foi a do
uso indisciplinado de passagens aéreas pelos nossos parlamentares
federais. A da cessão beneficente de passaportes diplomáticos aos
filhos do nosso ex-presidente Lula. Novamente a das passagens de que
se valeram os senhores ministros do Tribunal máximo de fiscalização do
País, para finais de semana prolongados em suas terra natal, à
dispensa do tesouro. E agora a farra das aposentadorias vitalícias
requeridas por vários ex-governadores, numa manobra que agride não
apenas os limites da integridade, da correção no modo de agir, mas a
lei máxima do País que é a Constituição.

Essa nova farra do patrimonialismo brasileiro que se descortina para
espanto de todos, (ou de quase todos), não separa quem é do partido A
ou B. Abraça o PT do ex-governador Olívio Dutra (RS) e o PSDB dos ex
Álvaro Dias (PR) e Aécio Neves (MG). Passa pelo PMDB do ex-governador
Jader Barbalho (AC) e chega ao DEM do ex Humberto Bosaipo, que só por
dez dias de exercício do cargo do governo do Mato Grosso "mereceu" uma
aposentadoria vitalícia.

Que nome dar às manobras de que se valeram todos esses ex-governadores
para produzirem em seus redutos eleitorais leis que os distinguem dos
demais cidadãos? Que nome dar aos recursos de que se serviram esses
ex-governadores para se arvorar da influência que detêm nos poderes de
seus Estados e ir de encontro à lei máxima do País, a Constituição
Federal?
O pior é que, se cobrados, estranham. Revidam. E põem na conta do "é
natural". E assim o Brasil vai se afirmando o País das farras. ( Da
coluna Pinga Fogo, do JC )

Nenhum comentário:

Postar um comentário