domingo, 23 de janeiro de 2011

EDUQUE O BOLSO DOS PEQUENOS

Com a retomada da vida escolar, é chegada a hora de mostrar às
crianças qual o valor do dinheiro

Dois meses são mais do que suficientes para a inflação chegar com
força no dia a dia das crianças e adolescentes. Isso porque, no
intervalo entre o fim de um ano letivo e o começo de outro, quase tudo
que elas consomem no ambiente escolar sofre um aumento de R$ 0,10, R$
0,25 ou R$ 0,50. Tudo bem, não é nada demais para você. Mas para os
baixinhos pode significar peso extra no bolso e, eventualmente, alguma
frustração. Problemas à vista? Não. Oportunidades. Segundo
especialistas em educação financeira, este é o momento ideal para que
os pais ajudem os filhos a entender o tal mundo do dinheiro.


Estipular uma mesada é a primeira medida para exercitar lições sobre
planejamento. Foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 9/10/09
A retomada da vida escolar, depois do período de férias, significa uma
mudança de horários e atividades, que termina por se refletir no campo
financeiro. Afinal, durante os próximos quatro ou cinco meses, a
criança ou adolescente vai passar boa parte dos seus dias longe dos
pais e, provavelvemente, terá muitas chances de gastar o dinheiro que
recebe deles. O importante, segundo o educador Reinaldo Domingos, é
fazer com que essas ´chances` sejam bem aproveitadas. Missão que pode
se tornar mais fácil através da implantação de uma mesada ou semanada.

O especialista acredita que a concessão de um valor fixo leva o jovem
a se afastar dos impulsos. ´Tive uma experiência pessoal com isso.
Gastava R$ 1,1 mil por mês com minha filha e decidi implantar uma
mesada de R$ 600. Depois de alguns meses, ela conseguiu até fazer uma
poupança`, conta. Quem também segue à risca os próprios conselhos é a
consultora financeira Aldineide Rios. Em casa, ela usa a mesada como
elemento regulador. ´Com essa renda, a pessoa aprende a ter limites. É
importante que os pais não liberem mais dinheiro se ele gastar tudo
nos primeiros 15 dias, por exemplo.`

Mas se engana quem pensa que a consciência financeira surge através do
controle ´mão de ferro`. O ideal é que os filhos participem da vida
financeira familiar, tendo voz nas conversas sobre o assunto -
especialmente, aquelas com conteúdos positivos. ´Como eles gostam de
pensar em sonhos, é bom que tenham lugar nas reuniões de planejamento.
Nada de colocá-los para discutir corte de gastos`, diz Domingos. ( De
Tiago Cisneiros para o Diariodepernambuco.com.br )

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