segunda-feira, 11 de outubro de 2010

VESTIR-SE É PARTE DA BRINCADEIRA

Roupa de casa, roupa de sair. No meu tempo de criança, esses eram os
conceitos que dividiam o guarda-roupa infantil. Shortinhos, blusinhas,
sainhas, roupas mais usadas, eram as eleitas para o dia a dia, o
corre-corre com a meninada do prédio. As peças novas, com tecidos mais
nobres como o linho, eram designadas às idas ao médico, festas de
família, passeios aos domingos.
Crianças até davam pitaco na hora de escolher o que vestir, mas a
palavra final era da mãe. Bons tempos, dirão as mulheres que vivem às
voltas com crianças cheias de vontade quanto ao que vestir. Mas a
culpa não é só dos pequenos. Assim como a moda dos adultos, a das
crianças se desenvolveu e hoje está para lá de estilosa, contribuindo
para despertar a vaidade precoce. Para a primavera-verão, a repórter
Carol Botelho apurou que estampas com animais e muitas cores, além de
tecidos confortáveis, estão em alta.
Entretanto, mais que seguir tendência, os pequenos precisam
identificar-se com o que vestem. Não por acaso, o estilista Ronaldo
Fraga declarou desejar que suas criações façam parte da memória
afetiva dos pequenos – eu, por exemplo, não esqueço meu tamanco de
madeira com o desenho do Bidu, cachorrinho da Mônica. O clima Dia das
Crianças inspirou ainda duas reportagens:
Bruna Cabral entrevistou personagens e psicólogos sobre como lidar
quando o filho prefere os brinquedos que culturalmente são ligados ao
sexo oposto, e Bruno Albertim levou uma turminha boa de garfo para
degustar um menu francês. Porque nem só de todynho vivem as crianças
de hoje. Bom feriadão e algodão-doce para você, como diria Daniel
Azulay.
( Escrito por Janaína Lima, editora da Revista JC )

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