pernambucano Roberto Freire – presidente nacional do PPS – retorna ao
Congresso demonstrando que mantém o estilo provocador e polemizador
que o caracterizou em Pernambuco. De São Paulo, Freire afirmou, nessa
segunda-feira, que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) faz parte do
projeto nacional de José Serra (PSDB) e será reconhecido pelo
presidenciável, caso este ganhe a eleição, pelo trabalho que faz em
prol do tucano.
O presidente dos pós-comunistas disse que Jarbas não está liquidado
politicamente, nem a oposição está acabada em Pernambuco. "Ele vive um
momento difícil e será um dos homens importantes de Serra. A vida não
acabou, nem a oposição. Ela vai revigorar", acredita.
Freire rechaçou, porém, a tese de que o segundo turno entre Dilma
Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) será, também, em Pernambuco, o
segundo turno entre Eduardo e Jarbas. Na coletiva do último domingo,
Jarbas afirmou que, a partir de agora, "o seu comitê será o comitê de
Serra, que vai trabalhar como se fosse a sua campanha". "Não, não é
isso. A disputa é outra. Jarbas é só parte de um projeto político de
Serra para o Brasil", distinguiu Freire.
O presidente do PPS reconheceu, no entanto, que o resultado eleitoral
no Estado – com a esmagadora vitória de Eduardo sobre Jarbas – só não
foi pior porque em Recife "Dilma foi muito mal". Na avaliação de
Freire, isso seria um um sinal de que, mesmo em Pernambuco, há quem
esteja enfrentando o projeto "não democrático" do presidente Lula de
liquidar a oposição.
"Foi uma derrota de Lula e Dilma. Eles jogaram tudo para ganhar no
primeiro turno e perderam. A eleição será duríssima, mas está claro
que o governo não é imbatível. Dilma tem fragilidades", afirmou.
Freire disse que a sua eleição é uma prova de que o voto de opinião
ainda existe. Assegurou que cumprirá seu compromisso com São Paulo,
mas, continuará a atuar como um parlamentar nacional. "Já era assim em
Pernambuco. Não serei provinciano. Sempre tive uma atuação nacional",
ponderou.
O senador Jarbas telefonou, ontem, a Edilson Silva (PSOL) e Sérgio
Xavier (PV) para cumprimentá-los pelo desempenho na campanha
eleitoral. Segundo a assessoria, Jarbas elogiou o comportamento de
Edilson e Xavier, com os quais considera ter tido uma "relação
civilizada, apesar das diferenças".
Todavia, manteve a posição de não falar com o principal adversário,
governador reeleito Eduardo Campos (PSB). No final da manhã, retornou
a Brasília para retormar o mandato. O presidenciável José Serra (PSDB)
telefonou ao gabinete de Jarbas em Brasília, porém o peemedebista
ainda estava em vôo. Os dois devem conversar pessoalmente hoje ou
amanhã na Capital Federal ou em São Paulo. ( Informações do Jornal do
Commercio )
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