quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SERRA VAI CRIAR A SECRETARIA DO SEMIÁRIDO

O presidenciável José Serra (PSDB) se comprometeu, na manhã desta
quarta-feira (27) em criar a Secretaria do Semiárido, órgão que
coordenaria as ações governamentais nesta parte da Região Nordeste. A
proposta foi apresenatda durante entrevista concedida à Rádio Jornal,
e seria levada ao debate do SBT NOrdeste, que ocorreria nesta quarta,
em Salvador.

"O problema não é falta de água. A água só tem que chegar", afirmou o
candidato, que ainda falou que o nome da Secretaria seria uma
homenagem a Celso Furtado, economista paraíbano que tem célebres
estudos sobre o subdesenvolvimento e que participou da criação da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em 1859.

Num documento distribuído a imprensa, Serra elencou as 10 principais
preocupações que caberiam à Secretaria. Entre as propostas estão uma
rede de proteção social, que incluiria o programa Bolsa Família, além
de outras ações; redes de distribuição de água potável e cisternas; a
criação de agropolos, através da implementação de tecnologias de
irrigação e capacitação da mão de obra; assistência técnica para
agricultores, através de agentes rurais e a prevenção em saúde,
realizada com apoio de agentes do Governo.

Os demais pontos do documento incluem a proteção ambiental ao bioma
Caatinga e a seus recursos hídricos, o apoio às micro e pequenas
empresas, o apoio à pecuária sustentável, a educação e capacitação de
jovens para o emprego e o cuidado com a primeira infância através de
programas para mulheres e crianças.

O documento ainda lista 10 metas do Projeto Semiárido para 2020. A
ideia é ter 100% das famílias pobres inseridas na rede de proteção
social, 100% das residèncias com água de beber disponível, 300 mil
hectares irrigados nos novos agropolos, 3 mil agentes rurais, 3 mil
agentes de saúde da família, 100% de recuperação ambiental nas áreas
em desertificação, 10 mil empreendedores capacitados pelo Sebrae, uma
produtividade três vezes maior da produção animal, a instalação de 100
novas escolas técnicas e a redução em 80% da mortalidade infantil.

"Não será pleno o futuro se a injustiça histórica que permeia o
semiárido não for varrida do mapa da miséria", diz o documento.

( Do JC Online)

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