quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FREIRE: LULA DEU VIDA NOVA AOS CORONÉIS

Recém-eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, o presidente
nacional do PPS, Roberto Freire, soltou o verbo ontem, quarta, em
coletiva na sede estadual do partido no Recife. Engajado na campanha
de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto, disse desconfiar da
popularidade de Lula, atestada pelos institutos de pesquisas.
Atribuindo pouca credibilidade às empresas do setor, disparou. "Ele
(Lula) pode até ser muito popular, mas, com esses institutos errando
tanto, me dá o direito de duvidar. E o pior é que quando erra na
eleição, a urna pode confirmar ou não. Mas a popularidade não vou
saber nunca. Só se ele vier a ser derrotado", disse. Antes ele
afirmara que "se tem um instituto que não me merece nenhuma confiança
é Vox Populi". "Os outros, eu desconfio, confiando", completou,
acrescentando que o PPS encaminhará projeto de lei para regulamentar a
divulgação de pesquisas em ano eleitoral.

Na última terça-feira, pesquisa do Vox Populi constatou que a
candidata do PT, Dilma Rousseff, está 14 pontos percentuais àfrente de
Serra, considerando-se somente os votos válidos - sem brancos, nulos e
indecisos. São 57% contra 43%. Desqualificando os dados, Freire
destacou que os institutos cometeram erros graves no Paraná e não
apontaram a existência do segundo turno. "Queremos evitar que alguns
abusos de manipulação ocorram. Vamos analisar experiências de outros
países. Não se trata de impedir a liberdade de expressão, mas de
controlar para que haja influência das pesquisa".

O pós-comunista observou ainda que não considera esta a pior das
campanhas, como muitos analistas apontam. "Estamos tendo uma eleição
dentro de uma normalidade, com uma diferença: a gente está há 25 anos
vivendo um período continuidade de liberdade democrática. É o mais
longo período da história republicana de plenitude democrática". No
entanto, ele acusou o presidente Lula de não promover discussão de
temas de direitos humanos e de ter instituído a política reducionista
do 'pobrismo', dividindo o Brasil entre pobres e ricos.

Ao ser questionado se existe a possibilidade de se governar o país sem
o apoio de lideranças como os senadores e ex-presidentes da República,
José Sarney (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL), Freire disse que
sim. "Se não, por que estamos disputando? Se não, vamos para casa",
frisou. Em seguida, afirmou que essa ideia de só se governar com
corrupção e "com a bandalheira" foi instituída por Lula ao ressuscitar
'velhos coronéis' . "Foi ele (Lula) quem levantou os coronéis da
tumba. O Nordeste continua como a região mais subdesenvolvida do país
e vai continuar a ser por conta dessa estranha aliança de quem se diz
socialista com oligarquias que se se mantêm no poder com políticas
assistencialistas".

Freire disse ainda que foi eleito por São Paulo por ser um político de
expressão nacional. E afirmou que, como o ex-governador do Rio de
Janeiro, o gaúcho Leonel Brizola, saiu de colégio eleitoral menor para
conquistar mandato num maior. ( Informações do
www.diariodepernambuco.com.br)

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