quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MULTIDÃO ABRAÇOU SERRA NO RECIFE

Um verdadeiro arrastão de militantes e jornalistas acompanhou a
caminhada do presidenciável José Serra (PSDB) pelas ruas do Recife,
nesta quarta-feira (27). Era quase impossível ver o presidenciável,
que mal conseguia andar. Todos queriam, não apenas vê-lo, mas tirar
fotos e pegar autógrafos, fazendo com que ele demorasse quase 1h para
atravessar a Rua da Imperatriz, no centro da cidade.

Ao chegar no final da rua, o candidato entrou em um carro preto e
interrompeu a caminhada. Poucos perceberam a ausência do
presidenciável e a caminhada continuou. Na Rua Nova, muitos ainda
esperavam pela passagem de Serra. O presidente estadual do PSDB,
Evandro Avelar, era um deles. Ao ser questionado pelo Diario sobre
onde estava o candidato, respondeu: " Estou esperando ele passar por
aqui."

O percurso previsto terminaria na Praça da Independência, onde
militantes vindos em caravanas de diversos locais do estado, foram
surpreendidos pela notícia. Ao serem questionados pela reportagem se
estavam frustrados porque não iriam ver Serra, já que ele havia ido
embora, muitos, como João Marcelo, que veio de Passira, replicaram:
"Ele foi ?". Amanda Santos foi outra que veio apenas para ver o
candidato. "Eu não vi Serra nem no início, e agora, pelo visto, também
não vou ver. Nem sei se ele veio mesmo para a caminhada", falou rindo.
Ela é de Jaboatão dos Guararapes.

Segundo a assessoria do candidato, a interrupção da caminhada
aconteceu porque Serra tinha viagem marcada para as 17h30. Ele seguiu
para São Paulo, onde grava programa eleitoral. Na quinta-feira (28)
vai a Minas Gerais e, na sexta (28), volta para São Paulo, para
participar de um debate televisivo. No sábado (29), retorna ao estado
mineiro.

Entrevistas

O presidenciável José Serra dedicou a parte da manhã para falar com os
jornalistas. Ele participou de duas entrevistas em rádios locais e
concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Foram várias as críticas
ao PT, partido que, de acordo com ele, "tem uma central de mentiras".

Ao falar da economia, Serra disse que, ao contrário do que se anuncia,
o país tem problemas que serão acentuados no futuro. "Nosso déficit é
o maior da história. Estamos pegando (dinheiro) furiosamente do
exterior. Isso não é nada seguro", disse.

A popularidade do presidente Lula e do governador reeleito de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também foram mencionadas. No caso
presidente, Lula estaria usando a popularidade e extrapolando os
limites para eleger Dilma Rousseff "a qualquer custo". Quanto a
Eduardo, para Serra o socialista só não está do lado tucano, por
pressões do PT. "Eu acho que no fundo da alma ele sabe que sim, que
estaria melhor do meu lado", falou.
( Por Júlia Schiaffarino, do Diario de Pernambuco )

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