quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ALIADOS CONDENAM ATAQUES DE LULA À IMPRENSA

Os governadores eleitos e parlamentares aliados querem, no segundo
turno, uma participação menos agressiva do presidente Lula, maior cabo
eleitoral de Dilma Rousseff. Nas avaliações feitas em reuniões nos
últimos dois dias, eles pediram menos ironias, mais promessas e, acima
de tudo, reprovaram os ataques de Lula à Imprensa.

Sem citar Lula, o governador Eduardo Campos (PSB), recordista com 82%
de votos nas disputas estaduais, reprovou o embate com a mídia.
"Vivemos além das pancadas que recebemos", ensinou, na reunião de
segunda com Dilma.

O alerta foi reforçado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT),
reeleito domingo. Também sem citar o presidente, Wagner chamou a briga
com a Imprensa de "batalha perdida".

Segundo os relatos, Jaques Wagner disse diante de Dilma e aliados que
as críticas enfurecidas à Imprensa "são facilmente entendidas como
tentativas de coerção". E acrescentou que esse tipo de crítica desfoca
o próprio PT. "Nascemos da contestação ao autoritarismo e acabam nos
colocando a pecha de autoritários."

As avaliações críticas foram feitas depois que Dilma pediu aos
governadores e parlamentares para dizerem o que tinham visto de
positivo e negativo na campanha e o que precisava mudar para o segundo
turno.

Ontem, Lula admitiu que se excedeu nas críticas, mas se justificou.
"Fui muito duro em alguns estados por onde passei, mas precisava
ajudar a eleger alguns senadores". ( Do JC Online)

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