quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SERRA SOFRE AGRESSÃO EM CAMINHADA NO RIO

O candidato José Serra (PSDB) foi atingido na cabeça, ontem, quarta,
durante briga entre militantes do PSDB e do PT em caminhada de sua
campanha no calçadão de Campo Grande, zona oeste do Rio. O tucano foi
submetido a tomografia no Hospital Samaritano, em Botafogo (zo­na
sul), mas não foi identificada lesão grave. Ele cancelou a agenda do
restante do dia.
Serra afirmou que a ação de petistas fora "pré-organizada" e a
comparou a "movimentos fascistas". O PT-RJ rechaçou em nota "a
tentativa de imputar ao PT ou a militantes qualquer tipo de agressão"
e sugeriu vínculo da campanha tucana com milícias - grupos
paramilitares que agem na zona oeste.
O tumulto começou quan­do dois dirigentes do Sint-Saúde - um deles
Sandro Cezar, candidato derrotado a deputado estadual pelo PT-
chegaram ao local com cartazes criticando a gestão de Serra no
Ministério da Saúde. Aos gritos, os dois chamavam o tucano de "pior
ministro do País" e "assassino". A dupla o culpava pela epidemia de
dengue no Rio no fim de 2001. Nos cartazes havia as inscrições: "Quem
é Paulo Preto? R: Amigo do coração".
Cabos eleitorais do PSDB rasgaram os cartazes, o que deu início às
primeiras trocas de agressões físicas. Minutos depois, militantes do
PT que estavam próximos ao local se juntaram à dupla do Sint-Saúde. A
briga generalizada se instaurou de vez, envolvendo cerca de cem
pessoas.
Serra estava numa loja, onde entrara antes do protesto. Permaneceu ali
por dez minutos, até o fim da briga. "O PT tem tropa de choque. Lembra
das tropas nazistas? É típico de movimentos fascistas", afirmou. Ao
voltar à rua, passou a ser alvo de gritos dos militantes do PT.
Comerciantes fecharam as lojas para evitar depredação. Serra tentou
entrar em outra loja, mas foi impedido por vendedoras. O tucano
caminhou por cerca de dez minutos em meio a intenso empurra-empurra.
Brigas aconteciam ao redor dos seguranças, que tentavam mantê-lo
isolado. (Informação da Folha de Pernambuco)

No início, Serra buscou acenar e ignorar o caos. Depois, irritou-se e
ameaçou ir em direção a petistas que o provocavam. Foi contido pelo
vice Índio da Costa (DEM), mas xingou de volta. Ele foi atingido
próximo à van da campanha, após caminhar os 350 metros do calçadão.
Disse que um rolo de adesivos o atingiu na testa. "Achei que fosse
desmaiar, mas deu para segurar", disse, ao sair do hospital.

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