domingo, 23 de maio de 2010

FANTASMA DA PÓLIO AINDA ASSOMBRA O MUNDO

Rafael Barbosa veio ao mundo numa época em que histórias sobre
poliomielite no Brasil poderiam ser começadas por "era uma vez#". Ele
tem só dois meses e 14 dias. Nasceu no ano em que o país completou
duas décadas sem registros da doença causada pelo poliovírus selvagem,
que ficou conhecida como paralisia infantil.


Uma data para se comemorar com gotinhas de saúde. A cada ano, duas
campanhas de vacinação são realizadas no Brasil. Mas, por incrível que
possa parecer, sem a presença do fantasma da pólio, fica cada vez mais
difícil alcançar a meta de imunizar pelo menos 95% das crianças de 0
aos 5 anos. O pesadelo ficou no passado, é verdade. Mas pode voltar a
assombrar. Ainda há casos de poliomielite no mundo. E só a vacinação
em massa é capaz de fechar as portas para o causador da doença.

"Enquanto houver um caso de poliomielite no mundo, é preciso continuar
vacinando". A frase é repetida como um mantra por aqueles que se
esforçam para manter o país livre da doença. No Brasil, o último caso
foi registrado em 1989. Em Pernambuco, em 1988. No Recife, em 1987.
Mas há países na África e na Ásia que não conseguiram erradicar a
enfermidade e que exportam o vírus para territórios antes considerados
livres da doença. É o caso do Afeganistão, da Índia, da Nigéria e do
Paquistão. Entre os importadores, mais países africanos e asiáticos.
(Por Juliana Colares, do DP)

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