APAGÃO

SERÁ QUE NÃO FOI PROPOSITAL?

Em meio à acirrada disputa - até briga - pelo controle político da Chesf, os disputantes (entre eles o governador Eduardo Campos e seu grupo), está sendo levantada uma hipótese assustadora para explicar o apagão ocorrido na região Nordeste na noite da última quinta-feira dia três. A tal falha técnica no sistema energético nordestino - que atingiu oito estados - teria sido proposital, provocada por setores políticos que desejam tirar o controle da Chesf das mãos do governador pernambucano, já que atualmente a direção desta empresa está nas mãos de Dilton da Conti, do PSB eduardista.

Decidido a manter sob controle a empresa, o governador está apresentando à presidente Dilma Roussef o seu secretário de Recursos Hídricos, João Bosco Almeida, que tem total apoio do PSB, para suceder Dilton. Qual é a estratégia? Manter sob controle essa empresa gigante e politicamente decisiva, com vistas a chegar ao poder nacional nas eleições de 2014. O medo do governador está sendo a fúria com que Dilma está trocando gente nos postos da rede nacional de energia elétrica. Ela é imprevisivel e incontrolável. Nessa bronca, ele pode acabar perdendo o controle da empresa.

Diante disso, tenta mantê-la nas mãos, como se administrasse um principado dos tempos da monarquia. É claro que os concorrentes - entre eles os petistas - estão prontos a acabar com essa dominação do PSB sobre a Chesf. Nessa disputa, parece que tudo está em jogo, até a vida das pessoas. Afinal, quem prova o contrário? Ou seja, que esse apagão não foi proposital, fruto de uma disputa pelo poder? ( Comentário do jornalista Sérgio Augusto Silveira, deste Blog )