quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TRANSPLANTES

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BOA NOTÍCIA: RECIFE GANHA BANCO
DE SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL

Diversificar o material genético disponível para transplantes no Brasil, facilitando a localização de doadores de medula óssea em território nacional. Este é o objetivo da Rede BrasilCord de bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário, que inaugura, nesta quinta-feira,às 15h, no Hemocentro de Pernambuco (Hemope), a sua décima-primeira unidade. Hoje, o Brasil já conta com outros dez bancos públicos de sangue de cordão umbilical (quatro em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Distrito Federal, um em Santa Catarina, um no Ceará, um em Belém e um Porto Alegre).

O Banco do Hemope vai coletar, testar, processar, armazenar e liberar células-tronco para a realização de transplantes para quem não dispõe de doador aparentado (ou seja, em sua própria família), situação de 1.073 pacientes hoje no Brasil.  O coordenador da Rede BrasilCord e diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Luís Fernando Bouzas, explica que a região do Nordeste, por apresentar característica genética muito específica, devido à miscigenação, necessita ampliar a oferta de transplantes de medula óssea. "A Rede BrasilCord torna-se, assim, estratégica para facilitar as buscas de doadores", afirma Bouzas. O programa de implantação dos bancos de sangue de cordão umbilical é feito em parceria do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a Fundação do Câncer, que administra financeiramente o projeto.

"Como previsto no programa de implantação, Recife recebe o seu banco de sangue do cordão umbilical neste fim de ano", afirma o superintendente da Fundação do Câncer, Jorge Alexandre Cruz. O diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer, Luiz Antonio Santini, aponta a importância da inovação tecnológica que representam os bancos de sangue do cordão umbilical hoje. "Mas o principal objetivo é enriquecer a rede com informações genéticas que são características do Nordeste do país", observa.Como os demais bancos inaugurados no país, o do Hemope, no Recife, também contou com o financiamento viabilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria firmada em 2008.

O banco de Recife recebeu investimento médio de R$ 3,5 milhões. Atualmente, o país conta com cerca de 7.500 unidades de cordão armazenadas. A unidade de Recife, construída nos mesmos moldes das demais da rede, pode armazenar 3.600 bolsas de sangue de cordão.Criada em 2004, a Rede BrasilCord hoje é abastecida com material genético de todas as regiões do país. A meta é atingir, até 2011, 13 bancos em todo o Brasil.

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