sábado, 27 de novembro de 2010

FEIRA

UM PEDACINHO DO JAPÃO NO RECIFE ANTIGO

Quem for ao centro terá à disposição mais de 100 barracas
Quem for ao centro terá à disposição mais de 100 barracas

Um pedaço do Bairro do Recife transforma-se em território japonês das 10h às 22h deste domingo. Música, dança, culinária e artesanato estarão ao alcance de todos na Rua do Bom Jesus, Rua Domingos José Martins e Praça do Arsenal, na 14ª edição da Feira Japonesa do Recife. Mais de cem barracas com produtos característicos da Terra do Sol Nascente são esperadas no evento cultural.

A Feira Japonesa será aberta com a cerimônia kagami-biraki (quebra do barril do saquê), tradicionalmente realizada em festivais. Participam o cônsul do Japão no Recife, Akira Suzuki, e o prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho. Logo depois, haverá apresentação do grupo de dança Kassaodori, de São Paulo, e de atrações locais.

De acordo com a coordenadora da feira, Zélia Faria, o kassaodori é formado por mulheres e traz ao Recife a shan shan kassa odori, conhecida como dança do guarda-chuva. Costuma ser apresentada na rua, nos dias de finados, na província japonesa de Inaba. Os artistas locais mostrarão a dança yosakoi Soran, da Associação dos Jovens Nikkeis do Recife, e a percussão do grupo Ren Taiko, da Associação Cultural Japonesa do Recife.

Taiko, explica Zélia Faria, são tambores. Os três grupos repetem as apresentações às 18h, sempre no palco armado ao lado da Praça do Arsenal, onde é feita a cerimônia de abertura. A feira deste ano é dedicada ao sushi, prato japonês feito com arroz bastante popular no Brasil. Sushi, yakisoba, harumaki, yakitori e okonomiyaki podem ser degustados nos quiosques de comida em volta da praça.

Na Rua do Bom Jesus ficarão as barracas de variedades e produtos tradicionais, como objetos de decoração, utilitários, koinoboris, quimonos e origamis. A Rua Domingos José Martins é o espaço contemporâneo da feira, dedicada aos jovens amantes de anime e mangá (animação e quadrinhos), desfile de cosplay e campeonatos de go e shôgí (jogos de mesa).

Peças autênticas – ikebanas, origamis, temaris e bonsai – podem ser contempladas no toldo do Consulado do Japão no Recife. Com base nos anos anteriores, Zélia Faria avisa que a feira termina antes das 22h. O evento faz parte do calendário turístico do Bairro do Recife e atrai mais de 40 mil pessoas.

É promovido pela Casa do Japão, representada pela Associação Nordestina de Ex-Bolsistas e Estagiários no Japão (Anbej), Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR), Associação dos Jovens Nikkeis (Seinenkai) e Associação Cultural Brasil Japão (ACBJ). Conta com apoio do Consulado do Japão no Recife, da prefeitura e da Agência Internacional de Cooperação Japonesa (Jica, na sigla em inglês).

Um estúdio fotográfico será montado próximo ao palco. Quem quiser, pode tirar fotografias ao lado de moças vestidas com quimono, o traje típico japonês, e de cosplay, pessoas fantasiadas como personagens de animes, mangás e videogames. "O público não pode se caracterizar na hora porque não há vestimenta, talvez alguns quimonos", avisa Zélia Faria. "Além da comunidade nipônica, há brasileiros adeptos da cultura japonesa expondo produtos", diz. Ela coordena o evento desde a primeira versão. ( Do JC Online - foto de Alexandre Severo )



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