quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MANIOFESTAÇÃO CONTRA O ENEM

Após dois dias consecutivos de protestos, as respostas para os estudantes pernambucanos sobre o futuro do Enem e, consequentemente, do vestibular da UFPE não são nada animadoras. Ontem, cerca de mil vestibulandos foram às ruas do Recife protestar contra o Exame. Com faixas, apitos e narizes de palhaço, eles saíram da praça do Derby, seguiram pela Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista e rua Dom Bosco, retornando para o Derby, onde fica a sede da Covest. Nem mes­­­mo o sol forte de pleno meio-dia afugentou os estudantes que estavam determinados a terem alguma resposta. No local um grupo foi recebido por um dos representantes da Comissão, mas ele pouco acrescentou, uma vez que não conseguiu reduzir a revolta gerada entre os estudantes após a sucessão de erros ocorridos na aplicação da prova do Enem realizada nos dias 6 e 7 deste mês.

Na ausência da presidente da Covest, Lícia Maia, que está fora do Estado, o professor Armando Cavalcanti recebeu o grupo formado por alunos e professores de cursinhos. Ele explicou que a Covest é apenas a executora do vestibular e que alguma mudança no processo seletivo fica a cargo da reitoria da UFPE. "Vou repassar todo o ocorrido para a presidente para que seja encaminhado ao reitor", afirmou.

A mobilização, que contou com o apoio de um carro de som e de um aluno andando em perna de pau e vestido de palhaço, visava a pedir uma solução imediata para aplicação das provas do Enem. Eles sugerem que uma nova prova seja feita para todos e não apenas para os que fizeram a chamada prova amarela, a qual apresentava questões repetidas e outras em branco. "Queremos que uma nova prova seja aplicada e que todos aqueles que se sintam prejudicados tenham o direito de fazer um novo exame", explicou uma das organizadoras do movimento Dione Albuquerque, 19, que tenta pela terceira vez uma vaga no curso de Odontologia. Outra opção dada é que a UFPE ignore a nota do Enem e que acrescente em sua segunda fase uma prova de Redação e Línguas Estrangeiras e, através desta nota, os alunos possam ingressar na Universidade.

Além de "feras" e professores, pais de estudantes também foram às ruas aumentar o coro de indignação com o Inep - Instituto responsável pelas provas. "Já é o segundo ano que o Enem é utilizado como avaliador e é o segundo ano que apre­senta problemas. O governo quer mudar a educação pela avaliação sem antes mu­dar a forma de ensino e aprendizagem do aluno", argumentou o professor de Matemática, Marcos Barros.

Ontem mesmo os estudantes iniciaram um abaixo-assinado para ser levado na próxima segunda-feira à reitoria da UFPE. Os organizadores do movimento pediram que cada escola fizesse o seu (abaixo-assinado), e entrasse em contato através da comunidade "Enem Protesto 2010", no Orkut, para ser recolhido.

PROTESTO PAROU A AVENIDA

A manifestação parou a Con­de da Boa Vista e a rua Dom Bosco, além da avenida Agamenon Magalhães. O trânsito ficou congestionado por duas horas e meia, tempo que durou o protesto. Mas, ao contrário de reclamações, os manifestantes encontraram o apoio de motoristas e usuários de transportes coletivos. No percurso foram feitas algumas paradas, duas delas em frente a colégios particulares. Através do carro de som, foi pedido para que os alunos fossem liberados para aderir ao movimento.  ( (Do Jornal do Commercio )

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