quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SÍNDROME DE DOWN E BAIXO PESO: RISCOS COMBINADOS

Estudo norte-americano pioneiro traça principais riscos que ameaçam a saúde dos bebês com Down nascidos muito abaixo do peso

Novo estudo mostra que bebês com síndrome de Down que pesam abaixo de 1,6 quilos ao nascer correm mais riscos de desenvolver problemas cardíacos e pulmonares, aumentando assim as chances de óbito.

Pesquisadores americanos analisaram relatos médicos de mais de 50 mil bebês de muito baixo peso (entre 400 gramas e 1,6 quilo no nascimento). Eles constataram que, deste grupo de bebês, os nascidos com síndrome de Down tinham 2,5 vezes mais chances de morrer nos primeiros meses de vida.

Os autores do estudo ressaltaram que o risco aumentado de óbito foi devido, em partes, aos altos índices de complicações cardíacas, pulmonares e do trato digestivo, além de infecções sanguíneas que também põem a vida em risco.

Guia de cuidados

Entretanto, os pesquisadores também descobriram que os bebês com síndrome de Down eram menos propensos do que os outros bebês de muito baixo peso a desenvolver retinopatia de prematuridade, problema ocular causado pelo crescimento excessivo de vasos sanguíneos na retina.

Publicadas na edição online da revista especializada "Pediatrics" no início da semana, as descobertas do estudo podem ajudar a guiar os cuidados e tratamentos de bebês muito abaixo do peso que sofrem da síndrome de Down, apontam os autores.

"Anteriormente, profissionais de saúde que cuidavam de bebês de muito baixo peso com síndrome de Down tinham de tomar decisões sobre tratamentos com base em estudos da população geral de bebês de muito baixo peso e em estudos sobre bebês com síndrome de Down que talvez não tivessem muito baixo peso no nascimento", disse Rosemary D. Higgins, pesquisadora do National Institute of Child Health and Human Development e principal autora do estudo, em um informativo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. "Nosso estudo fornece informações extremamente necessárias aos médicos e familiares que precisam tomar decisões para este grupo único de pacientes", complementou. ( Informações do New York Times )

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