Para Jordy, Lula foi condescendente com regimes autoritários
Por: Valéria de Oliveira
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará e deputado federal mais votado do PPS, Arnaldo Jordy, disse nesta quarta-feira que, no governo Lula, o Brasil marcou um gol contra quando o presidente reagiu com solidariedade ao regime de Fidel e Raúl Castro à morte, por greve de fome, de um dissidente cubano e quando ele comparou as manifestações da oposição no Irã, após a reeleição de Mahnoud Ahmadinejad, a choro de torcida cujo time perdeu o jogo.
No caso do Irã, onde a oposição rechaçava, com grandes manifestações populares, a fraude eleitoral, e foi violentamente combatida pelo governo Ahmadinejad, Jordy afirma que "as declarações do presidente Lula contrariaram a diplomacia brasileira de não assumir posições que agridam o compromisso com os valores democráticos e as regras do direito internacional". Para Jordy, o país "destoou dessa trajetória de afirmação democrática e de respeito ao direito internacional; antes o Brasil tinha uma posição equilibrada nisso e no episódio do Irã houve uma regressão".
Balanço
No caso de Cuba, Lula e um grupo de deputados desembarcou na ilha no dia da morte do dissidente e preso político Orlando Zapata. O presidente comparou os presos políticos a presos comuns das cadeias brasileiras. "Foi uma vergonha para o Brasil", disse Jordy. "É um legado lamentável".
Ao fazer um balanço sobre a era Lula na área de direitos humanos, o deputado ressalvou que, além desses "episódios absurdos", houve uma "ampliação dos direitos de minoria, algum protagonismo na área de direitos raciais - nada de extraordinário, mas alguma coisinha -, também na questão do marco regulatório do trabalho escravo e no combate à violência sexual". O parlamentar salienta que não foram medidas que "fizessem grande diferença". ( Do portal do PPS nacional )
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