Como líder da bancada oposicionista – enquanto Priscila Krause está em licença maternidade – a vereadora Doutora Vera Lopes (PPS) está dando a maior força à ação da sua colega oposicionista, Aline Mariano (PSDB), na descoberta de falhas graves do Executivo no trato do bem público. Nesta terça-feira, dia 31, a líder acompanhou Aline até o Ministério Público, onde foi dada entrada num ofício para que seja investigada a dispensa de licitação, por parte da Prefeitura recifense, para aquisição de 13 mil e 500 exemplares do livro paradidático “Recife no dia-a-dia com seus Poetas”, da desconhecida autora Anita Pinheiro. Essa dispensa de licitação favorece a empresa Editora Construir.
Esta empresa, contatada por órgãos de Imprensa, tentou justificar tal dispensa dizendo que a obra não é livro, mas uma “agenda de caráter informativo”. Só que a despesa com tal agendinha tirou do bolso da Prefeitura a enorme quantia de R$ 4.225.375,00 (quatro milhões, duzentos e vinte e cinco mil e trezentos e setenta e cinco reais). No entanto, as tais agendas não integram o acervo das bibliotecas municipais, e não há registro oficial da distribuição desse material aos alunos. E mais: não faz parte de nenhum projeto pedagógico municipal como exige a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Enfim, foram descobertas inúmeras irregularidades. Entre elas, o sobrepreço, pois agenda não é igual a livro, e deveria ter um custo bem menor aos cofres públicos, pelo menos três vezes menos. A vereadora Vera Lopes está espantada com essa irregularidade. Ela nota, no texto do ofício entregue ao Ministério público, a diferença absurda de preço em relação ao que custou a distribuição de agendas, este ano, para um número bem maior de alunos do que em 2010: o gasto foi de R$ 381.536,40 (trezentos e oitenta e um mil, quinhentos e trinta e seis reais e quarenta centavos).
Vejam que diferença em relação aos mais de R$ 4 milhões tirados, sem licitação, dos cofres municipais. Agora, a líder Vera Lopes e toda a sua bancada aguardam a tramitação do ofício no MP, com a oposição tranqüila na defesa dos interesses do bem público e da população do Recife.
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