As condições de funcionamento dos Postos de Saúde da Família (PSFs) e policlínicas do Recife foram tema de debate na reunião desta quinta-feira, 19, da Comissão de Saúde. “Estão faltando médicos, medicamentos e a estrutura física é precária. Nesse período de chuva, as paredes estão úmidas e o teto de alguns prédios ameaça cair”, denunciou a vice-presidente da comissão vereadora Doutora Vera Lopes (PPS). Para confirmar as informações, o presidente vereador Luiz Eustáquio (PT) afirmou que vai programar, nos próximos dias, uma visita dos componentes da comissão a alguns PSFs.
De acordo com a Doutora Vera Lopes, está faltando até soro de reidratação oral em policlínicas de urgência. “Isso está acontecendo no Helena Moura, por exemplo. O que é grave, pois estamos enfrentando um verdadeiro surto de gastroenterite. Também estamos preocupados com a falta de medicamentos, pois as pessoas estão andando dentro de água e correm o risco de contrair leptospirose”, disse ela. A falta de médicos nos PSFs e policlínicas, advertiu, deve-se à questão salarial. Enquanto o Estado paga aos médicos plantonistas cerca de R$ 7 mil para plantões de 24h semanais, o município do Recife paga cerca de R$ 3 mil. Já os médicos que trabalham 40 horas semanais, recebem R$ 6 mil, nos PSFs.
Luiz Eustáquio confirmou que vem recebendo informações semelhantes sobre os PSFs e policlínicas do Recife. Além desses debates, a Comissão de Saúde aprovou cinco projetos de lei e distribuiu outros sete para emissão de pareceres. Também esteve presente na reunião o vereador Jadeval de Lima (PTN).
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