quinta-feira, 17 de março de 2011

EM DEFESA DA SAÚDE


VEREADORA EXIGE MAIS AÇÕES
     NO COMBATE À DENGUE

Como oposicionista propositiva, como fez questão de se definir, a vereadora Vera Lopes integrou, na manhã de ontem (dia 17) a Mesa dos trabalhos da audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara recifense. Ela é vice-presidente desta Comissão, que pôs em discussão a eficácia das iniciativas do poder público no combate à dengue. E foi clara quando disse: "É grande nossa responsabilidade em cobrar ações e defender a população contra o mosquito transmissor, o aedis egipty". A audiência, presidida pelo vereador petista Luiz Eustáquio, teve à mesa o médico e secretário municipal de saúde, Gustavo Couto, e mais: Diego Pessoa Gomes (coordenador do Conselho Municipal de Saúde, Adeilza Gomes Ferraz (diretora de Vigilância à Saúde), Jorge Alberto da Silva (representando o Sindicato dos Agentes de Saúde Ambiental e Combate a Endemias-Sindasace-pe-, além dos vereadores Jadeval de Lima, Estéfano Menudo e Jurandir Liberal.

Foi colocada em questão a qualidade das ações municipais no combate aos crescentes casos de dengue. Os representantes da política sanitária oficial se esforçaram para mostrar que - até com slides projetados em telão -  existe uma preocupação da PCR em fazer um combate sistemático aos focos da dengue na cidade, assim como o aumento das condições de internamento. "Toda a sociedade deve estar mobilizada. Mais de 85 por cento dos criadouros de mosquitos da dengue estão dentro das casas. Há no Recife cerca de 5,6 mil terrenos baldios onde o mosquito tem condições de se reproduzir. Um dos transmissores da dengue pode se reproduzir por 300 vezes. Se não há ação sistemática, não há como enfrentar", disse o secretário Gustavo Couto, lembrando que no Brasil já está circulando o transmissor do poderosos virus4.

Para Vera Lopes, o que se está vendo é o aumento dos casos de dengue, mesmo com o poder municipal afirmando que tem combatido, prometendo colocar na cidade mais 200 agentes de combate ao mosquito. A vereadora fala como testemunha diária dos novos casos, vitimando crianças, que são levados aos hospitais, e nem sempre internadas devido à falta de leitos. "Antes tínhamos casos de dengue em época de chuvas no Recife. Hoje, a dengue já está presente o ano inteiro. Há anos passados não tínhamos essa doença, a qual surgiu depois daquela epidemia grande no Rio de Janeiro, para onde viajei e pude constatar o tamanho da epidemia. Aqui no Recife continuamos sem estrutura para tratar dessa epidemia. Não existe imunidade para quem pegou dengue pela primeira vez. Não estamos preparados para o pior, e nossas crianças estão sem leitos suficientes, a exemplo do Hospital Helena Moura, onde trabalho. Tivemos que abrir duas enfermarias para esses casos, sem que essa casa de saaúde seja especializada em dengue. os doentes ficam nas enfermarias", informou Vera Lopes.

Ela concorda que, nessa conjuntura, toda a população deve ajudar a partir de suas próprias casas. é necessária, segundo ela, não só a prevenção, mas também o treinamento de mais agentes,médicos, enfermeiros etc para que fiscxalizem e detectem os focos. A vereadora contestou a versão inicial sobre o mosquito transmissor, pela qual este inseto só circula voando baixo, a centímetros ou no máximo dois metros do chão. Essa idéia, mostrou Vera Lopes, foi liquidada com a descoberta de mosquitos aedis egipty lá no alto de um prédio de 20 andares, no bairro de Boa Viagem. "Isso é vôo baixo?", indagou Vera Lopes, com o apoio do público que se fez presente na audiência. As ações imediatas aos primeiros sinais da dengue, ensinou Vera Lopes, é beber bastante água e ingerir soro oral, o que faz baixar a febre, afastando o agravamento da dengue.

Como opositora propositiva, como se definiu, a vereadora cobrou mais vagas nas UTIs e mais PSFs (Postos de Saúde da Família). Em várias comunidades da áres sul do Recife, disse ela, não há PSFs, lembrando do caso da comunidade ZEIS Entra Apulso, onde há acúmulo d´água nas canaletas, causado pela expansão da área do Shopping Recife. Alí foi impedido o escoamento das águas das chuvas. Portanto, foi criada toda uma condição para a reprodução dos mosquitos da dengue. E afirmou, em clima de denúncia: "Num caso de dengue, para onde enviar os pacientes? Quais os hospitais conveniados para tratar da dengue? Não há leitos! Eu vou fiscalizar!", garantiu Vera Lopes, sendo aplaudida pela platéia da audiência pública.

Concordando com ela, os vereadores Luiz Eustáquo e Jadeval de Lima cobraram a existência de agentes anti-dengue atuando nas matas e terrenos vagos na cidade. Assim como consideraram importante fazer parcerias com os bombeiros e a brigada ambiental que atua na área metropolitana. Tudo diante da necessidade da sociedade, em conjunto, atuar contra a dengue.


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