quinta-feira, 3 de março de 2011

AÇÃO PELA SAÚDE

Comissão alerta para epidemias de varicela e crack

Comissão alerta para epidemias de varicela e crack

Dois problemas de saúde pública estão se expandindo no Recife: a ameaça de uma epidemia de varicela e o descontrole em relação à dependência do uso de crack. Os alertas foram feitos pela Comissão de Higiene e Saúde, que se reuniu no final de fevereiro. Durante o encontro, o presidente da comissão, vereador Luiz Eustáquio (PT), aproveitou para reforçar a opinião, expressa anteriormente por ele no plenário, de que os poderes executivos municipal e estadual ainda "não assumiram a responsabilidade de investir em programas no combate à dependência do crack como uma questão de saúde pública". A vice-presidente da Comissão de Saúde, vereadora Vera Lopes (PPS), cobrou ações das autoridades no combate ao crack.

Às vésperas da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), para o próximo ano, o vereador Luiz Eustáquio revelou ter ficado surpreso porque o documento não prevê "uma destinação financeira para se construir um centro de reabilitação para usuários de crack no Recife". Ele e Vera Lopes reconhecem que o município dispõe de abrigos terapêuticos e Centros de Atenção Psicossocial (os CAPS), mas não tem os centros de reabilitação. A diferença é que os dois primeiros oferecem tratamentos de desintoxicação com pouco tempo de duração e depois encaminham os pacientes para as clínicas conveniadas. Já os centros de reabilitação, que ele sugere, funcionariam como referência para o tratamento prolongado.

O vereador afirmou que se ressente da falta de centros de encaminhamentos, para recepcionar os dependentes de crack nos bairros e encaminhá-los aos centros de reabilitação. "A Prefeitura teria que prever isso e não mandá-los para continuar se tratando em clínicas conveniadas. Agindo assim, ela terceiriza os pacientes e perde o contato com eles", afirmou. A Comissão de Saúde está agendando uma reunião com o secretário de Saúde, Gustavo Couto, para discutir o problema.

A vereadora Vera Lopes (PPS), concordou com as afirmações de Luiz Eustáquio e acrescentou. "Crack não é um vício. É uma dependência física e mental. Por isso, o dependente não pode ser tratado em postos de saúde ou em UPAs. Ele precisa de uma residência terapêutica, onde fique internado por no mínimo seis meses, recebendo um tratamento intensivo com equipe multidisciplinar.  Isso, portanto, é uma questão de saúde, que só se resolve com vontade política. Um problema que afeta não só o dependente como também toda a família", afirmou.

Foi Vera Lopes quem alertou, durante a reunião, sobre o perigo de uma epidemia de varicela (catapora). Segundo ela, de cada cinco crianças que estão sendo atendidas no Hospital Pediátrico Helena Moura, três estão com a doença. "Eu sou médica e dou plantão lá. Isso tem acontecido diariamente e nós encaminhamos para o isolamento do Hospital Osvaldo Cruz", afirmou. A vereadora ressaltou que há um projeto de lei, de sua autoria, que propõe a inclusão, no calendário de vacinal do Recife, da vacina que combate a varicela. "Ela é cara, custa R$ 130 e a maioria da população não pode pagar". ( Com informações do site da Câmara do Recife).




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