sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sindrome faz menina de 9 anos ter cara de 65



Aos 9 anos, Ana (nome fictício), moradora de Sobral (CE), apresenta sinais de envelhecimento compatíveis aos de uma pessoa de 65. Não tem cabelos e a pele é coberta por rugas e manchas senis. Os dedos tortos evidenciam a artrite. Ela foi uma das crianças encontradas desde que foi lançada, há seis meses, uma campanha mundial para identificar portadores de uma doença rara que causa o envelhecimento precoce.

A progeria ou síndrome de Hutchinson-Gilford é causada por uma mutação genética que faz com que a pessoa envelheça de cinco a dez vezes mais rápido do que o normal. A Fundação de Pesquisa Progeria (PRF, em inglês) estima que existam no mundo cerca de 200 casos. Até outubro de 2009, a fundação havia conseguido identificar apenas 52 crianças. Por isso, a campanha adotou o slogan "Encontre as Outras 150".

Segundo a diretora executiva da PRF, Audrey Gordon, outros nove casos foram descobertos graças à iniciativa, dois deles no Brasil. Além de Ana, a paraibana Bianca Pinheiro, 4, também foi incluída nas estatísticas da PRF. Uma terceira criança brasileira já participa dos testes.

Hoje, o tratamento apenas minimiza os sintomas, como osteoporose, rigidez nas articulações e arteriosclerose. Problemas cardiovasculares são o maior fator de risco para os portadores, cuja expectativa de vida é de apenas 13 anos.

A progeria, no entanto, não afeta o desenvolvimento mental nem o comportamento das crianças. "Ana é uma menina carismática e gentil. Possui habilidades normais para a idade e estuda em série regular", revelou Alexandre Nogueira, membro da equipe de saúde que atende a menina.

JC Online


 

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